segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Se homem fosse...

...casaria com a Gwyneth Paltrow.
E ontem eu a vi em Two Lovers, filme magnífico com o Joaquin Phoenix, no qual o rapaz de lábio leporino faz um bipolar dividido entre o amor e o desamor de duas mulheres.
Ele chegou a declarar que será o último filme da vida dele, pois agora é cantor de rap (???). Se for verdade, é uma pena. Me encanto com suas atuações.
Esse filme é tão real que a gente acaba por entrar na pele do protagonista. Sensível ao extremo, o enredo flui na trilha sonora, nos ruídos da casa dos pais de Leonard – que voltou pra casa materna já adulto –, nos barulhos do metrô, no sufoco da boate, na suavidade da ópera.
Não via tanta poesia desde Great Expectations.
Eis uma prévia:

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Is there something I regret?

Se há alguma coisa para se arrepender na vida ela tem não no prefixo. Não tentar, não amar, não fazer, não experimentar, não viver. É piegas e nem sempre resulta em boa coisa.
Só que com o fim de muitas coisas na minha vida atualmente, eu não posso totalmente botar minha cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente como deveria e poderia. Não há nada que me culpe, mas me agonia pensar nas vezes que eu poderia ter visitado mais, sorrido mais, me comunicado mais, abraçado mais alguém que está partindo.
Antes que as pessoas ou as coisas virem cascas, é melhor viver essas pessoas e essas coisas.
Uma pessoa que sempre visita esse blog me disse, sobre o vídeo que eu postei diversas vezes com a cena do Butch Cassidy, que sente nele algo de passado que não volta, e a gente passa horas interpretando o porquê disso. Porque o Paul Newman é o homem que a maioria dos homens admiram e queriam ser, porque ele foi, de alguma maneira, jovem e lindo para sempre, mesmo com câncer e na cadeira de rodas, porque ele amou a mesma mulher durante quase toda a vida, porque o amor ali representado é o platônico – que nunca morre pois não se desgasta. Daí tem a música, que é uma ilusão de desapego e liberdade na letra, com uma melodia que prova o contrário.

O fato é que nothing ever lasts forever e quando a gente respeita, admira e - por que não? - ama, a gente deve valorizar cada minuto ao lado do ser respeitado, admirado, amado. Ninguém gosta de sentir a falta do amor. Sentir isso na pele é ruim e faz a gente enxergar o que não deve fazer. Eu espero aprender com as minhas perdas.

All the shadows and the pain are coming to me.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O ódio mortal

Continuando o assunto rodrigueano...
Nelson era um homem feminista por excelência.
Suas peças, romances, crônicas, trazem sempre a figura masculina como títere nas mãos engenhosas da feminilidade. O homem do Nelson é um ser abjeto, aterrorizado, caricatural.
As mulheres são cruéis, são vivas - mesmo quando mortas- , lúcidas - mesmo quando loucas - e completas na sua personalidade.
Em quase todas as obras a mulher tem como antagonista outra mulher. Nelson sabia da competitividade fatal que existe entre duas mulheres. E, por Deus, não me venham com modernidades falsas: mulheres odeiam mulheres desde sempre. Quer ver uma mulher enlouquecer é colocar ela no mesmo nível ou em nível inferior a outra mulher quando se trata de amor, homem, sexo, amizade, etc.
Essa comparação é perigosíssima, e Nelson se comprazia levando tudo ao limite que nós, pobres mortais com empregos a zelar e pitadas de escrúpulos judaico-cristãos-budistas, não ousamos transpor.
Nelson sabia do que uma mulher era capaz. Teve em sua frente um membro da família assassinado por uma mulher raivosa. Dessa vez, era um caso de tiro, a história pode ser lida aqui. Caso a briga fosse entre duas mulheres, tiro era pouco.
Acho um sarro quando os indianos-afegãos da novela das 8 comparam a raiva entre duas mulheres à disputa por território entre dois búfalos. Já digo que é pouco também. É uma destruição que transpõe gerações, vidas, anos, etc. Não convém despertar.

A teta gratuita

Há um filme em cartaz, dizem que bem bueno, que se chama A teta assustada.
Não vi, não sei se conseguirei, mas o fato é que vi Vestido de Noiva esse final de semana.
Esperei muito. Primeiro porque é Nelson, e Nelson é como ir ver um pedaço de mim no palco. Depois porque tem a Leandra Leal, Atriz com A maiúsculo. E Beldade Anthony.
Mas para por aí.
Leandra Leal é magnífica e carrega a peça nas costas. Marcelo Anthony é lindo, de doer. Mas está cômico. Nelson não é cômico. A comédia é inerente a alguns pontos do texto, mas não pede arroubos bufanescos.
Os outros atores estão péssimos.
E temos as tetas gratuitas.
Assim: desde o início, as atrizes coadjuvantes estampam tetas pra fora. Inclusive uma senhora, que deve estar perto dos 60. Não há lugar para aquelas tetas. É tão teatro gaúcho...
Adouro a definição do Halpern para teatro gaúcho: "Cheiro de mofo, collant cor da pele e uma teta pra fora!".
Tive a mesma impressão dessa, que era pra ser a melhor peça do ano.
Não vale o caríssimo ingresso. Nelson se revira no túmulo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pediculus Pubis

Dia 15 último foi a vez de comemorar um dos maiores surtos de chatos e piolhos da história da humanidade. Em homenagem a esses bichinhos simpáticos, eis algumas imagens tiradas do site Fottus.
Eu e o Beto Roots, apreciando a paisagem

Esse bonito de pé pra cima, eu conheci lá na Pinheira

Essa foto originou a piada do saco do feijão. E também é responsável por metade das receitas do almoço do Tio e das Gringas

Essa é do momento que a gente empalou o neno. E ele continuou a leitura, calmamente.

Seu Telmo e Dona Eva Any não perdem um arrasta-pé

Eu aprendi que a vaidade é tudo numa mulher

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Bia in the news

Adouro a briga de titãs entre a Globo e o Edir.
Vai espalhar muita merda desse ventilador.
De um lado e de outro, of course.
Mas eu vou repetir aqui o que meu pai comentou esses dias: entre uma porcaria totalitária e uma porcaria totalitária religiosa, eu fico ao lado da primeira. Qualquer coisa que mexa com a fé do povo me arrepia.
Porque é incrível como ainda estamos na Idade Média no que se refere à religião.
A humanidade evolui (?) e nada de perder a vocação para o fanatismo.

Devota ao Apple God
Confessamente devota ao consumo de bens materiais, essa reacionária selvagem perdeu seu i-pod. Não vou apontar meus dedos podres e dizer: roubaram! Embora seja o que parece, não posso garantir. Ele simplesmente sumiu, mas sou desorganizada o suficiente para ter jogado ele no lixo ao lado da patente, como já fiz com um brinco da Vivara, so...

Isso foi só um adendo, o assunto agora é Influenza A
Certo que vou morrer pela boca, assim como você, que não se alimenta tão saudavelmente como eu. Mas vou morrer pela boca porque falo demais, aposto que um dia, alguém vai me envenenar. Aliás, eu imagino alguma vilã de novela das 8 me dando bombons de chocolate com cianureto só porque fez por onde, eu falo mesmo.
Mas, não querendo ser precipitada: eu não vou morrer de gripe suína. Não mesmo. E não acredito na gripe suína. A gripe suína é lenda urbana. Aposto que foi o Edir Macedo e a Globo que criaram.
Sério: não fui convidada pra nenhum velório de alguém que tenha morrido de gripe suína. E, se você pergunta para alguém se conhece alguém que tenha morrido de gripe suína, esse alguém diz: "Conheço, o sobrinho do primo do avô do meu amigo morreu!".
E a gripe suína hoje é o tópico principal dos e-mails, depois do convite para a reunião de TI da firma – é que esse é bombástico, estamos imaginando que algo muito The Office está para acontecer...
Tchá, se eu pegar gripe suína, eu vou rir muito de mim mesma pelo meu ceticismo e venho aqui contar pra vocês.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

I'm not so sure the world deserves us


Me chamem de veado deprimido, de oitentista, de geek viúvo do James Dean, mas eu amo esse ser:


Como eu já dissera, nada no mundo vai mudar o fato que ele beijou a minha mão e que eu tenho um bom pedaço da camiseta dele.

Dividindo a piada

Eu amo piadas idiotas.
E amo a Aline Mara Medina, que tem piadas boas e também divide as idiotas.
Por isso, aqui vai, em homenagem à Mara, a piada que ela me enviou hoje:

AVISO!!!!!!

Nunca

NUNCA,

NUNCA,

NUNCA.....peide com traje de mergulho!


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Esse fim de semana promete!


Promete chuva e frio no Rio Grande do Sul.
Nossa, que tédio.
Eu acho que sou uma das poucas pessoas no mundo que odeia final de semana.
São dois míseros dias de folga, nos quais se dorme mais e se come mais.
Na verdade, eu tive meus tempos de gostar da coisa.
E os de não gostar. Como agora, ou como quando eu estava no segundo grau e me apaixonava de 5 em 5 minutos. Naquela época, eu esperava o intervalo do recreio e a segunda-feira como criança esperando o Natal.

É o seguinte, não é segredo pra ninguém que eu trabalho em um lugar cheio de pessoas que eu gosto.
Não é segredo pra ninguém que eu odeio balada e fedor de cigarro.
Eu tolero os poucos botecos ou cafés Central Perk que existem nessa cidade.
Daí, todo mundo que eu adoro some nos finais de semana.
(Cris e Guiga, eu não estou falando na sexta, estou falando no sábado e no domingo).

Ok, Beatriz, as pessoas têm uma vida. Mesmo entediadas e se queixando, elas passam esses dois dias cretinos com suas caras-metades, brigando, se estressando, odiando, talvez também rezando pra que chegue logo a segunda-feira. Mas é o que é. Não que tenha que ser, mas é.
E daí, tem aquela outra metade das pessoas que ADOOOOOOOOOOUUUUURA fim de semana. Partem para a balada, a pegação vazia, a fumaça negra dos muquifos festivos, o som ensurdecedor, o dançar pra caçar (podem me chamar de moralista criada pela avó, mas quem quer realmente dançar, dança na sala de casa, não numa pista de dança atrolhada de gente. Quem dança em boáte é por que tá desesperada), o "so you go and you stay on your on and you leave on your own and you go home and you cry and you want to die".

Sim, eu muito já fiz isso, mas it is enough. Prefiro o conforto de um edredon cheirosinho com o prrrrrrr prazeroso do Bernadeto nos meus pés, vendo The Office ou Friends.
Bem, o que vale é que em um fim de semana de sol, a pessoa pode sair pra caminhar sem destino. Em um fim de semana de sol, dá vontade de ir a pé a um café. Encontrar amigos queridos que também querem te encontrar. Ir ao cinema sozinha. Lavar os lençóis, desmofar o apê, vistar a esmo lojas de coisas para a casa. Se calhar até tomar chimarrão lagarteando no parque - embora isso seja so un-me.
Em um fim de semana frio e úmido em Porto Alegre, o melhor a fazer é comprar um Duda (piada interna) ou pedir para que passe logo e não seja muito doloroso.

Bom final de semana para todos.
Um brinde ao sexo oco, às brigas de casais, às desesperadas da pista!

Só as bee são felizes.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Rindo de si mesma

"If I’m the emblem for ‘this is what it looks like to be the lonely girl getting on with her life,’ so be it. I can make fun of myself."

É por isso que eu amo a Jennifer.

Mais aqui.

Eu não consigo admirar nem por um segundo pessoas que se levam muito a sério, que agem sempre como adultas, que nunca tropeçam na calçada, que estão sempre de salto alto, que nunca levaram um pé na bunda, que estão sempre com as unhas impecáveis, que não entendem piadas idiotas, que nunca queimaram um pudim, que nunca foram um fiasco na pista de dança, que não conhecem o gosto da derrota. Elas são muito deprimentes. E vão, certamente, morrer de câncer no fiofó.

Entre a Wonderwoman e The Nanny, eu fico com a segunda.

Mas antes, eu fico com a Rachel. Eu amo a Rachel.

Cheers!