segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Retrospectum sens gracium est

Não é da conta de ninguém, mas já que a Renata deu o start, eis...
2010 não foi uma maravilha. Mas também não foi um dos piores anos dos últimos tempos, ao menos para mim.
Vamos aos fatos marcantes, tão temperados quanto um rodízio de chuchu ou uma interpretação da Carolina Dieckman:

JANEIRO
Reveillon em Porto Alegre com um pulinho ali em Cidroga. Tudo bem, nostalgia sempre é uma coisa bonitinha pra mim. E, choquem-se amigas RYCAS: EU AMO CIDREIRA! Me traz lembranças da minha infância e de pessoas que não estão mais aqui pra contar a história, mas moram no meu coração. E teve momentos idílicos, nos braços do Robert Pattinson catarina, o eterno muso inspirador inconsciente da minha cabeça maluca.

FEVEREIRO
Teve estafa e Dia de Fúria, com direito a surtos urbanos. Ou eu moro pra sempre na caverna, ou eu sou devorada pela cidade. Choque de realidade faz mal, ainda mais quando se passa o Carnaval em POA. É de cortar os pulsos. Ao menos que...você saiba que está de viagem marcada para o Rio de Janeiro! Daí, tudo pode acontecer e até o Bento XVI pode abanar a batina.

MARÇO
Ressaca na Pinheira, retorno de férias e a descoberta que o Paulo Dzi não mais era meu colega. Vida difícil sem meu filho-irmão-melhor-amigo.

ABRIL
Decidi passar a Páscoa em Sampa com a Lu, o Marco, a Ju, o Rômulo, a Fátima e o Carlão e deveria ter ficado com eles o tempo inteiro. Ah! Teve o show do Moby!

MAIO/JUNHO
Tomei a vacina da gripe suína e quase fui para a cidade dos pés juntos. Mas algo me diz que, se eu sobrevivi à minha infância, eu sou obrigada a sobreviver às drogas experimentais, mesmo que injetáveis. E o Cabrón, novo membro da família de humanos e felinos, começou a se enturmar realmente com sua nova casa.



JULHO
Tive meus 12 segundos de claridad, pelas mãos do Jorge. Salve Jorge! E foi meu aniversário, e eu dividi com pessoas queridas. Julho é sempre um mês radioso pra mim.

AGOSTO/SETEMBRO

O cachorro louco mordeu com raiva. Agosto e setembro foram os meses mais deprimentes do meu ano. Doença e falecimento do meu bebê amado, o Berna, que acompanhou alguns dos melhores momentos da minha vida, e vai ficar no meu coração pra sempre. Com ele, eu aprendi que amor não tem medida, que tenho carinho de sobra pra dar e que sou bem humana, mesmo que isso possa parecer uma ofensa diante de majestosos felinos.

OUTUBRO
Mês de superar as tristezas, sacudir a poeira, celebrar a vida com os amigos e deixar fluir em você a criança retardada que faz um fígado ao tentar simular um coração com as mãos.

NOVEMBRO
Se o Rio de Janeiro funcionou pra curar a estafa de fevereiro, por que não viver intensamente o Rio de Novembro?

DEZEMBRO
E já que não se mexe em time que tá ganhando, o negócio é não errar e escolher o Rio como destino das férias também em dezembro. Ideal mesmo é esticar na Região dos Lagos.

No finalzinho do meu ano, seu Telmo e o Cabrón resolveram me dar sustinhos: um ficando doente, o outro desaparecendo. Seu Telmo tá melhor, mas o Bronbrón não apareceu ainda :(

De 2011, eu espero o Cabrón de volta, além de muita saúde e sorte pra mim e pra todos os que eu amo e os que merecem. E muita praia, sol, vida, gargalhadas. E sexo BOM, amiguinhos. Porque até o celibato é melhor que sexo ruim. Não esqueçam: você é o que você come, seja lá o que isso signifique.



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O mito de Sísifo


"Os deuses tinham condenado Sísifo a empurrar sem descanso um rochedo até o cume de uma montanha, de onde a pedra caía de novo, em conseqüência do seu peso. Tinham pensado, com alguma razão, que não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança."

Tô precisando ver se Sísifo saiu dessa e como saiu, se saiu.
Não li esse do Camus e a minha mitologia terminou nos deuses maiores.
Mas só preciso dizer que não há castigo maior do que o trabalho inútil e sem esperança.
E, pra variar, isso vale para todas as esferas da vida.

Muitas pessoas me perguntaram porque o blog parou.
Eu corro pra dizer que parou porque me acostumei com os 140 caracteres do Twitter, porque tenho mais feedback no Facebook. A verdade é que ele parou quando eu percebi que escrever para quem quiser ler é abrir um portal para um infinito de bizarrices.
Foi meigo enquanto, em 2002, eu era lida por pessoas que me conheciam, que entendiam as piadas internas e a internet não era o show da vida.
Foi legal quando o Love is an old fashioned word virou verde e pessoas que eu não conhecia começaram a ler e a comentar.
Ficou trash quando pessoas começaram a se apaixonar pelos textos, confundir com a escritora, levar isso adiante e se decepcionar com a pessoa real. Isso não aconteceu uma ou duas vezes. Mas, invariavelmente, quem levou na cabeça foi a autora.
Também foi trash quando, por lerem coisas baseadas em fatos reais, as pessoas começaram não a se identificar, mas a querer ajudar. Gente, quem ajuda é terapeuta. Amigo ri junto e, no máximo, abraça.

Por eu ter começado um blog na época que os blogs começaram, eu caí na ingenuidade de achar que a minha vida continuaria preservada mesmo depois de o Brasil virar um dos maiores consumidores de internet na face da Terra.
Quando comecei a perceber que estava sendo invadida no meu direito de ser uma prima donna das letras, aos poucos, eu diminui os dramas, parei de contar meus romances, meus fatos reais e o blog perdeu o sentido.
O processo de perda da criatividade começa quando a gente imagina o rosto exato do público se encantando ou desaprovando. O rosto do público devia ser sempre anônimo - e isso me lembra de famosos fóbicos sociais que são excelentes no palco, porque a luz ofusca a platéia.

A queixa do Sísifo dessa instância da minha vida é que ele empurrou a pedra legal até o topo, porque tava se divertindo com o exercício. Ele não queria cobranças de genialidade, não queria ex-apaixonados decepcionados porque a escritora não é perfeita como a personagem (o que eu chamo de má interpretação, uma vez que a personagem também é crivada de defeitos), ele não queria consolinhos, tapinhas no ombro, muito menos receitas de felicidade. Ele só queria empurrar a pedra, entende?

Desculpa a todos que só leram e se divertiram e não levaram nada do blog a sério since 2002. Era esse o espírito.

sábado, 29 de maio de 2010

Bonita por natureza - Blogagem Coletiva!

Me sinto honrada por ter sido escolhida pelo Mundo Verde para ser uma das primeiras a participar da blogagem coletiva Bonita por Natureza. O objetivo é divulgar pequenas atitudes conscientes, naturais e sustentáveis que fazem algumas mulheres serem bonitas por natureza. Para participar da blogagem coletiva basta fazer, entre os dias 28 de maio e 7 de junho, um post e divulgar as atitudes que fazem de você ou das mulheres que você conhece bonitas por natureza.

Eu começo homenageando minhas amigas Guiga, Luísa e Juliana - as três são lindas por natureza.
Guiga dedica seu tempo e amor aos bichos, adotando, apadrinhando e auxiliando cães, gatos, cavalos, que sofrem pelas inconsequências (des)humanas. Guiga não consegue nem comer carne, pois, assim como a Luísa, ela tem consciência de que a indústria dos matadouros e das criações em geral é cruel e insustentável. A Ju, assim como eu, apesar de concordar com isso, não conseguiu parar de comer carne. No entanto, ela faz a sua parte em prol de um mundo mais justo, divulgando ações como esta.

Eu sou adotante de cães e gatos, também apadrinho animais em casas de passagem, não consigo virar vegetariana, tento divulgar o máximo que posso de ações em prol do meio ambiente e, sobretudo, dos bichos, que são o que eu mais amo no mundo, desde que eu nasci.
Fora isso, sempre acreditei que a natureza é o valor maior, que a humanidade nunca esteve à altura do mundo que tem em mãos e que a sabedoria de pessoas como Darwin é muito superior a qualquer deus que o homem possa inventar. Infelizmente, nem todos têm o alcance para perceber que fazem parte dessa natureza, e que se voltar contra ela é se voltar contra si mesmo.
Me revolto em ver as praias cheias de lixo, já perdi muitos dias de férias catando a imundice dos outros nos meus paraísos terrestres, e gostaria que todos os empreendedores que constróem condomínios de luxo e shopping centers em reservas naturais - como acontece em muitas praias de Floripa - fossem tragados por uma tsunami gigantesca. Acho cadeia pouco para criminosos ambientais.

Também acho que a gente é o que come. Tenho pena dessa mulherada que conta caloria e come porcaria, trocando manteiga por margarina, mel e açúcar mascavo por adoçante, suco por refrigerante diet. Tudo em nome de uma forma que - sinto muito - não é boa: é patética e antinatural. Gostaria que elas soubessem que a magra de hoje é a cancerosa de amanhã. Uma forma harmônica se consegue com alimentação natural (tudo o que o organismo está preparado pra transformar em energia nutritiva), atividade física e qualidade de vida (bom sono, lazer, pequenos prazeres).
Perfeição física de capa de revista se consegue com plástica, maquiagem, iluminação inteligente, photoshop e muita infelicidade. Isso é a ponta do iceberg de uma indústria que vende tudo com base na frustração alheia. Frustração das mulheres, que por mais que gastem, nunca atingirão um ideal artificial de beleza, e dos homens, que acham que só vão atingir o prazer da vida ao conquistar uma mulher que seja esse ideal. Só que, fora da capa, ninguém é perfeito. E o ciclo da frustração segue e os idiotas caem igual a pecinhas de dominó.

Entaõ é isso: estamos trabalhando e lutando para melhor servir a um mundo mais natural, com gente de verdade, que respeita as leis maiores da natureza, aos outros seres humanos e aos animais, que compartilham o planeta conosco.
Participe:

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Alices

Curiosidade nunca foi meu forte, mas a convivência com gatos talvez tenha acirrado um pouco essa característica em mim.
Já faz mais de um ano que uma coisa me encuca: quem, das pessoas que lêem esse blog, mora em Mountain View, na Califórnia?
Acho que levei menos tempo para perguntar quem daqui mora no Qatar, resposta que já tenho.
Essa pessoa de Mountain View acessa aqui mais que eu mesma. Fiquei curiosa.

Assuntos aleatórios:
- Em menos de uma semana eu revi mais amigos sumidos que em um ano inteiro.

- A Ambar me emprestou o Manual do Proprietário de Gatos, que estou lendo por extenso. Mas quanto mais eu leio, menos eu sei sobre eles. Gato pra mim é meio superior às outras espécies, milhas adiante dos seres humanos.

- Preciso voltar a ver Lost, pois a Carol que trabalha comigo está megaatualizada e eu parei na quinta temporada. Já tô com saudade do Sayid.

- Preciso voltar a ver The Office, mas quero ganhar a sexta temporada inteira, não tem graça ver os episódios que eu baixo sozinha. Alguém baixou toda? Fica a dica.

- Em homenagem ao neno, essa semana eu tomei duas doses de absinto. Cruzes absinto! Depois de tomar o absinto europeu da Ju, nada se compara. Esse de agora certo que tinha 70% de álcool Pereirinha.

- Absinto me faz lembrar o primeiro livro da Alice que li. O pai tem ele desde criança e ele tem cheiro de absinto. Aliás, deu de Alice, né? Acho que por um ano não vou querer ouvir falar nisso. Estava agora mesmo dividindo essa impressão com Felipe Macarrão: gosto do Tim Burton, mas odeio a Helena Boham Carter. Ela é a Yoko Ono do Tim Burton. Estragou o cara. Desde que ela apareceu, ele só fez merda. E também tem minha velha implicanciazinha com o Johnny Depp... Mas eu vou ver nem que seja pra falar mal e botar fora a idéia de um dia ter uma filha chamada Alice.


A melhor homenagem que eu vi para a Alice foi esse editorial da Vogue US, de 2003, fotografado pela Anne Leibovitz, em que a fofinha Natalia Vodianova encarnava a personagem, dividindo a cena com estilistas como a Donatella - os mestres da haute couture assinaram suas versões para o vestido azul da amada do Lewis Carrol.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Medéia


Odeio, com todas as forças da minha TPM, as pessoas que não sabem rir de si mesmas, que não sabem odiar, que não sabem amar, que são rasas, que são padrão, que são cool (cool=morno), que são blasé, que não são.

Amores, pessoas assim não existem. Eles se inventaram.

E vão morrer de câncer no cu.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Parallel Universe


Primeiro: Tia Célia, resolva uma dúvida da sobrinha que espalita os dentes: o que se faz quando se encontra o terapeuta no lotação? Segue a terapia, faz a egípcia, ou dá um sorrisinho de Lady Di?

Segundo: parafraseando meus ídolos do
TDUD?, que, por sua vez, parafraseiam a Patrícia Travecos* no comercial do ACTIVIA: "Oi, há quanto tempo? Como vai o intestino?"
O meu, vai ótimo, obrigada! E olha que não entra Activia aqui faz uma cara.

Então, quando eu era criança pequena, lá em Barbacena, nos idos de 2004 (no mesmo mês de janeiro), vivia uma agradável turbulência na tênue linha que separa minha realidade da ficção. Não é que a linha insiste em tremer de novo? Tipo, no mesmo bat-local, na mesma bat-data?
Comparando e chocando, o Haiti ta aí pra provar que um terremoto atinge quantas vezes quiser as mesmas terras.

Antes que eu seja praguejada por ser egoísta em estar pensando na minha vida centrada unicamente no meu imbrigo sem pilçe, aviso que tô realmente chocada com as tragédias, sempre tento mover alguns pauzinhos pra ajudar, quando eu for velha (e olha que isso vai começar lá nos 70 e terminar nem Deus sabe onde), vou me dedicar somente a causas nas quais eu acredito e virarei senão uma brigitte bardot, um clone mais velho e mais chato do bono e da anorexilina jolie.

Pois é, eu tava falando no meu umbigo. Meu umbigo tava tão feliz. Adora um toque de irrealidade. Por que a vida real tem que ser tão insuportável e ainda ter BBB e a novela do "coçando o furico?". - aliás, por que a favela é tão filmagem artística nessa naba? Tipo: a Record lançou temdemssia com a novelinha aquela que tinha uma favela ótima e cheia de atores de peso e um núcleo rico formado pelas sobras da Globo, além do visual mexicano pride.

Aviso que hoje tô com DDA, vai ser complicado tentar entender. Mas, convenhamos, ninguém comentou meu brucutu tão auspicioso ali embaixo, que tô certa que teve influemssia mística no meu final de semana.

Falando em brucutu, ainda que todo esse post só gire em torno disso: tenho uma queda abismal pelo traficante da Sandrinha.

Bem, eu queria dizer que tem uma frase lá no meu orcú, que eu tirei da minha literatura - sim, eu leio Harry Potter e vibro e sofro, e daí? Bem melhor que ler Martha Medeiros - que diz assim: "It is our choices, Harry, that show what we truly are, far more than our abilities.”

Quando na vida se começa a escolher um pouco mais sabiamente, heimmmm? Não tô reclamando. Adoro ter um universo paralelo. Mas é que já tentamos e vimos que não dá pra trazer ugabugas para o mundo corporativo que é minha vida real. Sei lá, vontade de tomar um viagra que prolongue momentos idílicos, então. Porque, sendo bem filha mais nova e temporã: que desgraça 1 mês de férias e 11 de labuta. Que desgraça passar um ano trabalhando que nem uma remadora de ben-hur, levando pé na bunda, indo a velórios, sorrindo sem vontade para o cinismo alheio, dormindo para não ter que encarar a falta de graça da vida, para só dois dias de brutal beleza.

Anyway. Simbora daqui antes de falar o que a maldita inclusão digital não merece.

Acho que vou mudar meu template: os escurinhos me dão sensação de maior intimidade. Privacidade não é a palavra, mas intimidade vai bem. Aconchego.

Aconchego de almofada de baleia de pelúcia.


* A realidade bate na porta até da Patrícia Travecos. A ex-riponga de sovaco cabeludo teve que se vender pro sistema e para a propaganda enganosa do Activia.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pégo!

Julinha Petit nos apresentou e eu adotei.
Virou me muso do verão total e irrestrito.
Patrick PetitJean!
Sou chegada num brucutu mesmo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Adriana, onde é que tu esteves?

Essa moça buscou e achou.
Coisa querida. Começou lá no Faustão, com carinha de chata. Fez figuração, foi coadjuvante nada fascinante, personificou mocinhas insuportáveis, até que começou a crescer e aparecer.

Com Catarina Batista, ela teve o apogeu. Depois, segurou a peruca com todos os grampos possíveis e sobreviveu até ao Toma Lá Dá Cá, para brilhar novamente com a magistral interpretação da Dalva de Oliveira.

Estrela Adriana. Total e com Carimbo de Qualidade da Bia.

Parabéns, rapariga! Você tá podendo, hein?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fudeu o meu Carnaval...

... a Martha Medeiros não só descobriu Punta Del Diablo como tá fazendo propaganda.
Vai estar cheio de mulherzinha lá, então.
Não vou mais.

Já tava triste pelo inferno ter encontrado a Ilha Grande.
Falta o que agora? O BBB ser gravado na Pinheira?


OBS: Sinônimo pra puta no No Limite era "instrumentadora" - lógico, a moça mexia com instrumentos. No BBB 2009, era "advogada e jornalista". Advogada da causa alheia e, por Deus, de jornalista a gente nem precisa falar, porque anda muito mais ofensivo ser jornalista do que puta.
No BBB 2010, o sinônimo é "empresária". Empresária do Corpo.