segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O ódio mortal

Continuando o assunto rodrigueano...
Nelson era um homem feminista por excelência.
Suas peças, romances, crônicas, trazem sempre a figura masculina como títere nas mãos engenhosas da feminilidade. O homem do Nelson é um ser abjeto, aterrorizado, caricatural.
As mulheres são cruéis, são vivas - mesmo quando mortas- , lúcidas - mesmo quando loucas - e completas na sua personalidade.
Em quase todas as obras a mulher tem como antagonista outra mulher. Nelson sabia da competitividade fatal que existe entre duas mulheres. E, por Deus, não me venham com modernidades falsas: mulheres odeiam mulheres desde sempre. Quer ver uma mulher enlouquecer é colocar ela no mesmo nível ou em nível inferior a outra mulher quando se trata de amor, homem, sexo, amizade, etc.
Essa comparação é perigosíssima, e Nelson se comprazia levando tudo ao limite que nós, pobres mortais com empregos a zelar e pitadas de escrúpulos judaico-cristãos-budistas, não ousamos transpor.
Nelson sabia do que uma mulher era capaz. Teve em sua frente um membro da família assassinado por uma mulher raivosa. Dessa vez, era um caso de tiro, a história pode ser lida aqui. Caso a briga fosse entre duas mulheres, tiro era pouco.
Acho um sarro quando os indianos-afegãos da novela das 8 comparam a raiva entre duas mulheres à disputa por território entre dois búfalos. Já digo que é pouco também. É uma destruição que transpõe gerações, vidas, anos, etc. Não convém despertar.

3 comentários:

Guiga disse...

Olha...eu já tive ódio de mulher...mas não enquanto mulher, e sim enquanto ser humano.
Rivalidade é uma coisa que não existe pra mim! Já até fiquei amiga da amante de um namorado! Hahaha!
Não admito mulher brigando por homem...é tipo urubu se matando pra comer lixo!

Bia disse...

Adorei o final Guiga, é a mais pura verdade. Mas eu não consigo ficar amiga de mulher que se envolva com o mesmo homem que eu. Sou possessiva e competitiva demais pra isso.
Mas o interessante é que a maioria das mulhers não pensa como tu. Elas aceitam as rivais pra não perder o homem. Agem não como urubus, mas como hienas. Eca, odeio mulher! Mas gosto da Guiga e de mais uma meia dúzia. Bem, as que eu gosto sabem, elas costumam estar ao meu redor.

G.D. disse...

A foto do post ficou MAIS do que pertinente. AQUILO (a "Noiva" nao do "Vestido", mas do Tarantino) reflete exatamente em sua saga o que pode fazer uma mulher movida pela ira de ter sido passada para tras.

GRANDE metafora sobre a destruicao PASSIVA que cabe encarar alguem que ficar no seu caminho. TIRO sai barato, mesmo.

PS: "...Hahahahahahahahahahahahaha!!! G.D. te acho uma Bia de calças!..."

Isso porque eu ainda nao tive oportunidade de usar o KILT que eu trouxe das terras Caledonias.