terça-feira, 9 de junho de 2009

Broken-Hearted Rambo

O Ministério da Saúde Adverte: Texto com alto teor de personagens fictícios, baseado em fatos reais.

Eu achava que eu era top em relacionamentos bizarros, mas daí, eu abri meus ouvidos para o rapaz que é literalmente o Broken-Hearted Rambo. E ele me mandou isso aqui, para ajudar a entender alguma coisa sobre o que eu antes chamei de obtusidade masculina.
Trocando em miúdos, o homem não sabe mais como ser homem. Ok, e eu com isso? Eu não quero ser mãe de ninguém, nem terapeuta, nem guru. Minha mente é simples, eu só quero amar e ser amada e trabalhar, ganhar dinheiro, viajar, compartilhando as coisas boas e ruins com uma pessoa que queira o mesmo. Simples assim.
Eu não queimei sutiã, eu não propus a revolução feminina. Não é culpa minha que os homens querem ser o Indiana Jones e não conseguem ser nem o Robin na sua própria cozinha.
Tudo bem, eu também não sou a Mulher-Maravilha, muito menos a Cinderela. Eu não sou perfeita nem física nem psíquica nem intelectualmente. Eu tenho TPM, unhas fracas, vontade de comer chocolate, queda de cabelo no outono, ciúme, infantilidade, dores, sensibilidades, fraquezas. Eu tento fazer meu melhor, mas se meu melhor não basta para os Indianas Jones, então, me desculpem, mas eu vou me juntar às Charlie's Angels.
Não, meu querido: a popozuda independente e sem apegos que você vê e quer não existe. Assim como não existe o Matthew Maccagoney (eu não sei escrever o nome dele) que eu queria. A amiga-prospecto do Orkut que é descolada, chegada num relacionamento aberto, coxuda e tetuda vai chorar também. E menstruar. E não vai gostar do scrap que a sua outra amiga deixou.
O fato é que não é mais uma guerra dos sexos. Não, meus amigos homens sofrem também - e os melhores admitem. Também conheceram Mulheres-Maravilhas indecisas, obtusas e com uma facilidade enorme de magoar os outros.
O fato é que, para quem ainda acredita no afeto, não é simples. Nobody said it was easy. Mas quem acredita em alguma coisa, no meu dicionário de pessoas, costuma ir atrás do que acredita. Não tem vergonha de parecer uma idiota com duas malas na mão e um travesseiro, indo atrás do que poderia lhe fazer feliz.
Eu não me importo com o Matthew Macagoney dos meus sonhos não existir. Eu me importo em não existir iniciativa dos Robins de cozinha. Porque você pode nunca chegar a Batman, mas todo mundo tem a capacidade de conseguir fazer alguém feliz. Nem que seja por um final de semana.

10 comentários:

alinesimioni disse...

Na real, a gente se surpreendeu ao descobrir que o Super-Homem não existe...a gente não espera isso! Que a pessoa que está ali, do teu ladito, também tem altos e baixos como a gente, também se sente inseguro quanto às decisões da vida. E de repente... é a gente quem dá força e apoio. Ainda queremos um conto de fadas.. e quem disser que não... corre o risco de estar mentindo pra sim mesma.

Fernando disse...

No campo amoroso, não existem Romeus nem Julietas. Somos todos Dom Quixote. Emergir do delírio e voltarmos a ser nós mesmos é doloroso. Mas pelo menos é a dor do real, de algo que verdadeiramente nos pertence e que faz questão de conviver com a gente. Algo deve realmente nos pertencer. Se for a dor, que seja.

Guiga disse...

Esse papo de homem sensível eu não compro. Eles estão se permitindo ser sensíveis só pra nos manipular...o feitiço virou contra as feiticeiras!
E abaixo os que idealizam seres amados utópicos! Todo mundo tem altos e baixos mesmo...deal with it!
Mas Bia...não podemos esquecer que Macagoney casou com um brasileira...e das bem basiquinhas! O problema é que estamos em Porto Alegre, quando deveríamos estar em LA!!! Bóra pros States!!!!!!

PS.: ser imensamente feliz por um final de semana é ótimo, mas triste, pq acaba muito rápido.

PS 2.: só pra esclarecer, é Matthew McConaughey! Hehehehe!

Newman disse...

A vida podia ser bem mais fácil, não é? Pena que nem todos consigam reconhecer ou valorizar aquilo que conquistam. Ou então, como vc mesma diz, ir a luta com duas malas na mão e um travesseiro, atrás do que poderia lhe fazer feliz.
Quando li outro dia a entrevista do Contardo e o seu texto agora, me lembrei desse curtinha de animação, Parallelostory:
Spend a couple minutes in the multiverse and you may find it comfortable enough to participate in your own Parallelostory, which is just hip meta-universe slang for "parallel love story". But remember, this is only one of an infinite number renderings of the same story that your dimensional alternates will have already viewed, are viewing, or will view.

Or not at all.

http://www.impactist.com/projectpages/parallelostory/IMP_story.html

Bia disse...

É Newman, a vida poderia ser bem mais fácil. E o que mais me agonia é que, para mim, existindo química, tudo deveria correr bem. Não sei se são os anos que tornam as coisas mais simples, as pessoas menos orgulhosas. Eu hoje me sinto bem menos puzzly do que quando eu tinha 20 e tantos anos. Me incomoda saber que as pessoas têm a sorte de um amor tranqüilo, como diria o Cazuza, e atiram pela janela em busca de pessoas que não existem, nunca existiram e nunca irão existir. E que a menina-mulher e todos os seus defeitinhos é muito mais interessante do que a mulher-maravilha de plástico.

Guiga disse...

Adorei o videozinho do Newman! Bem estilo clip do Moby!

araci de almeida disse...

aline = acéfala
fernando = quero ser freud
newman = viadinho virgem
guiga = inteligente

luiza disse...

amor é uma coisa complicada mesmo.. antes nao acreditava na existencia dele, ate eu sofrer o tal do amor a primeira vista que eu achei tao impossivel. agora fico pensando sobre as causas dele ainda mais depois de hoje ter visto um video que fala exatamente sobre isso (http://www.youtube.com/watch?v=P3BA17tS3n4), alias isso seria um post legal para o dia dos namorados, ver a tua opiniao sobre algo assim..
bom, adoro o teu blog
beijos

Anônimo disse...

quem é Araci Toupeira de Almeida?

Guiga disse...

Fui super com a cara da Araci de Almeida!