terça-feira, 21 de outubro de 2008

Top Ten Pain in the Ass

Veja bem, darei uma pausa no meu drama pessoal para endossar um dos top ten mais bizarros de todos os tempos, criado pelo guru Paulo Dziobczenski. Tratam-se das dez figuras públicas que você considera com mais cara de pau no cu evah!
Como o Sr. Dzjkkjwerhtv2euyt28otenski não tem site pessoal, eu lanço na blogsfera este desafio e aqui mesmo respondo:

10. Dona Marisa
9. Chris Martin
8. Christopher Walken
7. Dalton Vigh

6. Joaquim Phoenix

5. Pedro Almodóvar

4. Maradona

3. Alessandra Negrini

2. Wanderlei Luxemburgo
1. Carolina Dieckman

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Viva la Vida or Death and All His Friends

Às vésperas de dar um importante passo, você percebe o caos ao seu redor. Várias armadilhas para te fazer retroceder, como num jogo de computador. Parabéns, essa é a vida. Ou: se fudeu, você nasceu!

Esse é o lugar onde o telefone não toca e quando toca nunca é quem você gostaria que estivesse chamando. Esse é o lugar onde o relógio corre muito depressa quando você precisa de tempo e muito devagar quando a espera é a única solução.

Aqui jaz um problema.

Não tá fácil para ninguém, mas se é com você é óbvio que é pior. Há uns seis anos, eu vejo pessoas que eu gosto morrer. Em um amontoado, que até parece de guerra. Mal dá tempo de viver um luto porque o trabalho chama. Muitas vezes se acaba por pular etapas.

Contemplar é proibido. Mas, como boa rebelde, eu contemplo. Quase sempre me assombro, principalmente com o que deixei passar.

Não sou vítima nem algoz, só quero viver da melhor maneira possível e - juro que aprendi isso com a minha própria experiência, não veio do berço - muitas vezes, para ser feli, é preciso passar por cima dos outros. Não me interpretem mal, não é preciso roubar, nem ferir, nem matar mas dois corpos simplesmente não ocupam o mesmo lugar ao sol no mesmo espaço de tempo. Sempre vai haver um perdedor e um vencedor. Tenho vivido há mais de três décadas com o primeiro título em muitas categorias e não estou muito confortável nessa roupa.

É bom lembrar que, pra todo mundo, há uma sombrinha virada pelo vento, uma descarga que não faz a merda descer, um ônibus que não espera, uma chaleira que ferve antes da hora, uma sinaleira que não abre.

Mas também há champagne, Häagen-Dazs, dias azuis, abraços bem-vindos, borboletas na barriga, amores de verão, cheiro de grama molhada, mar lambendo a areia.

Eu tenho um pouco de tudo isso e quero menos da parte das sombrinhas viradas, sem ter que me sentir culpada. Por que eu me sentiria? Segundo Nelson Rodrigues, é o complexo de culpa que nos salva de andarmos de quatro e ficarmos amarrados ao pé da mesa, alimentados em uma lata de Queijo Palmira.

Ao contrário da constataçãode que, às vezes, é preciso passar por cima dos outros para ganhar um lugar ao sol, o complexo de culpa em mim é inato. É ele que azeda o champagne, derrete o Häagen-Dazs, nubla os dias azuis, entre outras coisas.

Há uma relação conflituosa: deve-se esconder a culpa dentro do armário, cagar para os outros, rasgar os vestidos de luto e correr para a praia, ou deve-se sofrer mais que a Maria do Bairro e ganhar uma medalha e uma bonita coroa de orquídeas no final?

Meu amigo, essa angústia não é só minha. E eu não me culpo de dividí-la com você. Em algum lugar, há alguém, um fato, uma partícula que faz, fez ou fará tudo para que você se sinta muito, mas muito culpado e sozinho e reles e pústula e escória.

Talvez, você saiba lidar com isso de maneira mais prática do que eu. Ou talvez, você seja apenas egoísta - segundo as minhas últimas auto-estatísticas, não há ninguém no mundo mais egoísta do que eu, então, esse não deve ser o seu caso.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Na hora errada


Taí, se eu fosse fazer uma série baseada na minha própria vida, o título seria "Na hora errada". Porque eu não sou a pessoa, nem a mulher errada. Mas chegar, ir ou estar na hora errada é quase que compulsório pra mim.

Começa que eu sempre acordo na hora errada. É para ser às 7h45min. Às 5h45min eu acordo e não consigo mais dormir até às 7h. Daí, pego no sono e acabo me acordando apenas às 8h30. Chego no trabalho na hora errada, é claro.

Daí, vou ao bandeijão do buffet, me servir de arroz. Neste exato instante, dezenas de pessoas resolvem ter a mesma idéia e se atravessam na minha frente, acabando com o arroz. Meia hora para o prato ser reposto. Daí, eu vou ao caixa, pagar. Neste momento acaba o rolo da maquininha do cartão.

Daí, eu resolvo viajar. Na época da minha viagem, as bolsas entram em colapso e o Euro vai às alturas.

Daí, eu conheço alguém interessante que já conheceu alguém desinteressante antes com quem está prestes a se comprometer. E se compromete. It is getting freak.

Ao menos minha vida dá um bom roteiro.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Séverine

Este final de semana eu vi La Belle de Jour.
Adoro a Séverine. A alma doentia da moça me fascina.
De uma forma tortuosa, ela representa os anseios femininos mais básicos.
A mulher é - ainda hoje, vide a Revista Nova - moldada para agradar os homens, "prender" o seu e dar satisfação da perfeição da sua vidinha. Séverine, para fugir desses padrões que ainda sobrevivem, extravasa seus desejos em uma dupla personalidade: a Belle de Jour.
Séverine é assombrada por imagens paradoxais - hoje em dia se reconhece que nem tanto - de sua infância: religião e abuso. Na vida adulta, esse paradoxo dá lugar ao encontro do conforto do amor casto com o marido ante às fantasias mais mundanas postas em prática em um discreto bordel.
Tudo isso emoldurado pela beleza aguda e fria de Catherine Deneuve. Ao contrário de Brigitte, que tem a sexualidade explícita e sem culpa, Catherine é suave, quase angelical, mas guarda um demônio na profundidade dos olhos enormes.
E, sobretudo, o que me chama atenção no filme são os figurinos da bela. Ah, se eu tivesse dinheiro...

Curiosidade sobre Brigitte e Catherine:
Ambas não são louras naturais. As deslumbrantes francófonas eram castanhas. Brigitte em um tom mais claro e Catherine quase morena.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Qual a diferença entre a baranga e a tchanga?

Me ajudem nesta questã!
No meu ponto de vista, a Baranga é um acontecimento. Um força da natureza. A baranga é alguém muito feio, de uma feiúra descomunal, quase sempre brega e com atitudes bárbaras. Raras exceções masculinas levariam uma baranga pra casa, embora isso aconteça mais frequentemente do que imaginamos - só que não ficamos sabendo!
A Tchanga já é diferente. Poucos serão os homens que acharão que a tchanga é tchanga. A tchanga não era bonita e nem é, mas ela usa artifícios que fazem parecer que é - os homens acham ela bonita, porque ou ela instala silicone, ou ela põe um megahair, ou ela torra na camera de bronzeamento, ou ela malha feito um remador de ben-hur, ou tudo isso junto. Tudo bem assessorado por um gosto por transparências, piercings no umbigo que parecem árvores de natal sendo vomitadas, calças elásticas e muita - embora eu também use em dose moderada - estampa de "animalzitcho".
No meu conceito, baranga é a Mulher do Nazareno, a Britney na época do rehab, a Amy Winehouse, a Preta Gil, as Mulheres Frutas. Tchanga é a Danielle Winits, a Mulher do Nerso da Capitinga, a Sheila Carvalho e 95% das capas de revistas masculinas - 4% destas são barangas e 1% é mulher normal.
Mas os homens... eu digo: quer pegar baranga ou tchanga, é melhor pegar homem! Vai pegar uma biba bonita que tu sai ganhando!

Veja que look natural baby: a começar pelo meu lindo nariz!