Eis que surge, de outra pequena tragédia pessoal – a mudança de uma das minhas melhores amigas para outro Estado – uma porta aberta. Não aberta escancarada, mas digamos que uma porta da qual eu tinha a chave e algumas pessoas podiam entrar, mesmo as não bem-vindas. Sempre fui uma rata de internet, desde o início da rede, e os blogs eram territórios de poucos e bons. O Love is an oldfashioned word surgia como refúgio para uma mente cheia de perdas e extravazante criatividade (depressão e crise são máquinas de fazer criativos).
Hoje, sete anos depois, o temporal tá na porta, como diria minha falecida Tia Gládis. Estou em meio a um pequeno caos pessoal que não me parece tão assustador em vista dos meus 30 e poucos anos, mas é caos também. É uma sacudida forte nessa embarcação embriagada. É como se ver no meio da rua de saia rodada, quando se aproxima uma ventania.
Não que seja pior que o nada. Porque o nada é quando a gente nada espera, nada teme, nada faz. É, digamos, a minha vida no ano passado. Eu nada esperava, nada temia, nada agitava a água turva. Foi um ano, com toda a Europa vivida, para não ficar na minha história.
Por pior que possa parecer, eu prefiro um 2002 de bandaids arrancados à força do que um 2008 com feridas na salmora.
A única diferença é que, antes, havia o eco do eco do eco dos meus sentimentos. As pessoas liam e também escreviam. Não é essa "frialdade inorgânica" do Twitter. Onde qualquer ex-BBB vira Shakespeare por cento e poucos caracteres.
Não que seja pior que o nada. Porque o nada é quando a gente nada espera, nada teme, nada faz. É, digamos, a minha vida no ano passado. Eu nada esperava, nada temia, nada agitava a água turva. Foi um ano, com toda a Europa vivida, para não ficar na minha história.
Por pior que possa parecer, eu prefiro um 2002 de bandaids arrancados à força do que um 2008 com feridas na salmora.
A única diferença é que, antes, havia o eco do eco do eco dos meus sentimentos. As pessoas liam e também escreviam. Não é essa "frialdade inorgânica" do Twitter. Onde qualquer ex-BBB vira Shakespeare por cento e poucos caracteres.
Exijo meu lugar na rede de volta. Cheio de pessoas que me leiam e assimilem, como era antigamente.
13 comentários:
bia, eu leio sempre e adoro... comento pouco porque a internet era lenta, mas agora está resolvido!
bjs!
ando meio triste com isso tb.. mas sempre leio embora nao comente
Leio sempre, Bia. E adoro!
Seus textos criativos e mtas vezes cômicos, animam minhas horas de "fugitiva" na empresa...rs.
Bjo!
Oi! Eu também leio!
Beijo,
Maíra
eu to sempre aqui, embora aparentemente não esteja nem aí
oi, eu tb estou sempre aqui, só não comento mto :P
eu não comento porque além de não ter muito a acrescentar, sou um cara um pouco tímido, mas tô sempre lendo também =)
Também leio mas não comento. Fiz duas concordâncias até hoje. Um texto sensacional - recomendei para amigos - que naquele dia me provocou soco-no-queixo-seguido-de-gelo. E outro que incluía a Malacara Medeiros. O fantasma Nelson Rodrigues ronda quem escreve o que gosto. Mas não me sinto à vontade para discordar, sei lá pruquê. Coincidência é que o Nelson está em ambos, no texto Culpa também.
Eu te entendo! Meu blog tá paradaço por completa falta de leitores! Quando sabemos que somos lidos e amados, dá vontade de escrever! Se não, não.
E depressão e crise são TUDO pra criatividade! Meu blog surgiu assim tb...do meio da m*****! Hahahahaha!
Eu nem te conheço pessoalmente mas leio teu blog, se isto serve para restaurar teu ego ferido.
O meu blog quase ninguém comenta, mas como eu sou um conformista, não reclamo.
eu leio, mas preferia sorver. quando sai a versao liquefeita?
Oii, você nem me conhece, rs.
Mas eu leio sempre e adoro.
Beijos, Kelly!
Postar um comentário