quarta-feira, 3 de junho de 2009

Do que você brincava?


A Guiga, sem querer, praticamente me intimou a relembrar como eram minhas brincadeiras de infância. Em um texto maravilhoso para uma jornalista que não sabe bem se é jornalista ou designer, a minha belíssima amiga conta sobre o mundo perfeito de seus brinquedos.

Eu achava as Susies mais bonitas que as Barbies e tinha várias. Elas costumavam viver uma rotina na qual intercalavam acrobacias, confecção de roupas glamurosas, sexo selvagem, enforcamentos e até enterros.

Os parceiros sexuais das moças eram os Feijoezinhos, o Beto, que também era o cabeleireiro delas, os Falcons do meu primo e, principalmente, o mergulhador sem olho, que pegava elas enquanto elas nadavam peladas na piscina (que era a banheira da minha casa).

Para desespero da minha avó Nancy, um dia uma Susie apareceu enforcada em uma árvore da nossa casa de praia. Não podia explicar pra minha avó que ela era uma vítima do convento das freiras assassinas, no qual duas das irmãs eram, na verdade, um casal de psicopatas disfarçado – o Beto e a Susi Portuguesa.

Antes das Susies serem meu brinquedo predileto, elas eram cobaias de minhas experiências com objetos cortantes. Eu devia ter uns três anos quando decepei a minha Susi mais linda com uma faca de cerrinha de ponta redonda.

Mas minhas tendências destrutivas foram diminuindo com o tempo e, aos doze anos, eu era uma zelosa mãe de duas bonequinhas de papel, a Simone e a Patrícia, que tinham um guarda-roupa de fazer inveja à Adriane Galisteu e até pranchas de surf perfeitinhas, que eu confeccionava com isopor e papel contact.

Bonecas-crianças nunca foram para brincar, na minha opinião. Eu as tratava com a seriedade com que se tratam pessoas de verdade, sempre cuidei, penteei, mudei de roupa e dei algumas lições de moral: principalmente na Beijoca, que era e ainda é da Berê.

Não me envergonho de dizer que ainda tenho todas as minhas bonecas, inclusive as de papel, e muitas vezes me pego beijando uma a uma antes de dormir.

3 comentários:

Guiga disse...

Link me, bitch!!!! :P Hahahaha!

Tu já era nelsonrodrigueana desde pequena, Bia! As minhas brincadeiras eram um pouco mexicanas (a mãe que pegava o marido da filha e engravidava dele...aí tinha tapa na cara, puxão de cabelo...) mas não tinha morte nunca! Pobre da tua vó!

Adorei teu plágio-homenagem! Hehehehe!

G.D. disse...

Na real os meus Falcons se deram MAL.

Coma distancia da prima mais velha (Brasilia-DF) e com a infima idade da prima mais nova, nao haviam bonecas por perto e eles passaram os anos 80 numas de ZERO A ZERO.

Vai ver seria ESSE o motivo daquela cara ESPIADA e ranzinza dos barbudos de olhos azuis.

Mas escutavam atentamente os relatos de seus companheiros de propriedade dos meus amigos, sobre FARRAS LIBIDINOSAS quando as irmas deles estavam fora de casa e a CASA das Barbies ficava INDEFESA.

BOB= pobre corno manso que de tanta compalcencia com as estripulias da esposa acabou "esquentando o banco" para o Ken.

dariano disse...

essas bonecas fariam uma criança pobre bem feliz. Tira essas porcarias do armário e passa adiante.