domingo, 28 de setembro de 2008

A Estrela Sobe

Paul Newman (1925 - 2008)

Raindrops are falling on my head
and just like the guy who's feet are too big for his bed,
nothing seems to fit
those raindrops are falling on my head,
they keep falling
so I just did me some talking to the sun,
and I said I didn't like the way he got things done,
sleeping on the job
those raindrops are falling on my head they keep falling

But there's one thing, I know
the blues they sent to meet me won't defeat me.
It won't be long 'till happiness steps up to greet me

Raindrops keep falling on my head
but that doesn't mean my eyes will soon be turning red.
Crying's not for me, cause
I'm never gonna stop the rain by complaining
because I'm free
nothing's worrying me

It won't be long till happiness steps up to greet me
Raindrops keep falling on my head
but that doesn't mean my eyes will soon turning red
crying 's not for me
Cause I'm never gonna stop the rain by complaining
because I'm free
Nothing's worrying me.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Precisava dividir com vocês duas coisas:
Primeiro, o
neno e eu dando um curso de dança:


Depois, aprendam o que significa "simijar de rir" na prática:
http://www.autoracing.com.br/forum/lofiversion/index.php/t48030.html

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O meu infinito particular

Então, eis o melhor e o pior de mim:
O melhor fica na capacidade que tenho de tirar a essência bela das situações.
Adoro minhas viagens a trabalho. Porque elas sempre se acrescentam com novas informações e escapadas para viver novas realidades.
Acabo de voltar do Paraná. Em quatro dias fui em cinco cidades do estado, entre avião, trem e carro e a pé, lógico. Fiquei num hotel de O Iluminado, conheci gentes diferentes, tirei belas fotos, comi bem, me diverti. Curitiba, Ponta Grossa, Morretes, Antonina, Araucária.
Reencontrei amigos queridos que me mimaram - eu amo isso. Encontrei gente fria e sem-graça também, mas faz parte do meu show.
Um espetáculo.

O pior de mim fica na minha infinita capacidade de desgostar de pessoas e atitudes e julgar além do que me cabe. Mas isso é praxe para quem me conhece bem. O problema é que eu não entendo como ainda existem pessoas que se chocam com as minhas reações puras de desagrado.
Dando nomes aos bois, hoje eu estava conversando com colegas, entre eles minha prima, e falávamos sobre teorias como "Eu sempre sou trocada por meninas com cores de bugra". Isso é um fato, uma coincidência, etc. Mas eis que isso saiu da questão e entrou o fato de que eu usei a palavra "trocada". Segundo a minha prima e o Bibico, as pessoas não são "trocadas". Simplesmente o relacionamento não vai bem e a pessoa "opta" por outra pessoa. Discordo. Em número e grau. Sempre há uma troca. E sempre há sim uma rejeição. Não deveria ser porque eu digo que tem que ser verdade. Mas é. Acho que é um pouco ingênuo botar a culpa no relacionamento que não vai bem para amenizar o mau-caratismo alheio. A grande maioria das pessoas, eu incluída, já fez uma troca simples e mercenária: "Bah, gosto deste cara... Mas olha aquele olho azul ali no balcão. Ah, vou trocar!".
Grande parte das trocas são puras e simples e óbvias assim. Outras são disfarçadas, mas não menos cruéis. A parte preterida sempre sai machucada. A minha prima diz que não se sente preterida. Como assim não? Pode ter havido um ou dois casos em que o relacionamento não está bom. Mas é muito difícil quando uma pessoa está contigo hoje e amanhã está com outra ter sido um problema de relacionamento. Problemas de relacionamento se traduzem em "vamos conversar" ou "vamos terminar" e cada um vai pro seu canto, viver sua vida. Daqui a uns meses ou anos, essas pessoas encontram outras pessoas e são felizes ou infelizes, ou tediosas para sempre.
Mas quando alguém está contigo hoje, termina, e está com outro amanhã, houve sim uma troca. Uma atitude egoísta de "sério, eu preciso ver o que este produto tem a oferecer". Quando acontece essa troca, em geral, o "cliente" não fica muito tempo com a mercadoria, ou fica viciado nela, no caso de ela ser exatamente aquilo que ele/ela estava procurando. No meu caso, eu fiz uma troca consciente duas vezes: numa eu viciei no produto até hoje, na outra, eu me arrependi amargamente - ou não, porque eu não costumo me arrepender de nada. Mas que foi uma troca burra, isso foi!
Me falta essa serenidade budista de ver traições como sinal de que o relacionamento não vai bem, ninguém faz escolhas, ninguém tem culpa, tudo gira de acordo com movimentos do universo. Ora, bolinhas: tudo gira porque alguém empurra a roda. E, em qualquer circunstância que envolve amor e dor, há sempre um algoz e uma vítima. E uma terceira parte que vai sim ser odiada por uma das outras duas partes. Afinal, somos seres humanos, temos carne, osso e sangue quente nas veias. Não somos seres superiores. Quando eu pego o Bernadeto no colo, a Linda se sente traída e trocada e fica com raiva de mim e do Bernadeto, tanto que quer morder nós dois. Eu não ouso me achar superior a esses seres. Graças!
Pati Coelho, te amo, minha nêga. E só te troco se for pelo Zidane. Ah, o Zidane...

"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular"







segunda-feira, 15 de setembro de 2008

I'm single, bilingual

Mimijei com a lista dos álbuns mais gays da história da música.
Embora eu não tenha entendido muito os critérios de escolha que deixaram o Bilingual do Pet Shop Boys de fora...
Porque Bilingual é o ícone da saída do armário!
Só para citar:
Na música Methamorphosis, a letra é bem clara: "What I wanted to be was a family man, but nature had some alternative plans... People on the street caught my eye, and I begin to think I might be that kind of guy."

Em Electricity, vemos a voz aflita de uma mulher ao telefone, gritando: "What does it mean? What are you doing in San Francisco? Pobre coitada. Come on, lady, he is GAY!

Daí, temos a famosa Se a Vida É. Uma fofura, um hit! "Why do you want to sit alone in gothic gloom, surrounded by the ghosts of love that haunt your room? Somewhere there's a different door to open wide. You gotta throw those skeletons out of your closet and come outside..."
Para meio entendedor, boa palavra basta: closet, outside!

Pois é, grande ausência na gay list.

Então, eis que passei um final de semana relembrando os sucessos e os obscuros da dupla mais sissy dos anos 80 fora o Erasure. E que coisa mais gratificante é ver aqueles clips cheio de gente bonita. Atenção maior para Domino dancing que conta a história de uma tia pedaçuda que pega dois piás lá na Pinheira. Qualquer coincidência é mera semelhança.
Vamos assistir?


Falando nisso, tenho tido sonhos bizarros com o efebo dourado - que diga-se de passagem, nem efebo mais é. Esta noite, sonhei que ele tinha tirado um corpo do mar. Em um momento, achei que o corpo era o dele, mas folguei em saber que não. Que se tratava de um hippie que tinha apenas 50 dentes - como assim apenas 50, se o normal é 32? pois é, trata-se de um sonho da Bia.

E no sonho tinha muito mar, muita onda, muitos olhos translúcidos. Bonito o sonho.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Vergonha Alheia

Continuando no assunto do post passado: sou uma porto alegrense atípica e às vezes gostaria de me esconder num buraco e dizer que não sou, que nasci no Chuí, no Oiapoque, em Restinga Seca.
Só não queria que alguém no resto do universo visse
essa cena e apontasse: só podiam ser de Porto Alegre.
Porque só uma cidade ribeirinha que jura que é cosmopolita para gerar uma coisa dessas. É o que dá não termos celebridades dignas da capa da Caras, ou das manchetes do Terra. A pessoa vai lá e cava um motivo para que todas as agências de publicidade locais tenham do que falar (ou vomitar, ou lamentar, ou se finar de rir).
Desculpa, precisei dividir com vocês para que se constranjam com os próprios olhos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ainda orangotangos?

Ontem eu fui ver o filme do Gustavo Spolidoro.
Confesso que fui porque gosto muito dos trabalhos dele em curtas e achei interessante o fato de o filme ser feito em plano seqüência.
Mas, sorry, odiei o filme.
Talvez seja a intenção causar uma reação de estranheza no público. Pois a minha reação de estranheza foi náusea.
Não sei se pelos movimentos da câmera, ou pelo sotaque bom-finense das pessoas, ou pela escrotice das personagens, principalmente as femininas.
Mas o fato é que eu vi tudo o que mais odeio em Porto Alegre ali, escancarado na tela grande. Gente idiota, gente que quer chocar, gente que fala "meo".
Nunca diria "não vejam o filme". Ao contrário, acho que todo mundo deve ver, porque ele causa uma série de reações. Em mim, foi repulsa.
Sobre o que é realmente ruim no filme, independente de ter me causado repulsa ou não, eu citaria as interpretações. Gente, gaúcho - salvo raríssimas exceções como o Nelson Diniz e o Julio Andrade - não nasceu pra ser ator. Gaúcho pode ser escritor, diretor, cantor, compositor, pintor, escultor, mas nunca ator. Por que será que o Furtado só pega globais (bons) para estrelar seus filmes? O Furtado é um homem de visão.
Nossa, esse casal da foto é, de longe, a coisa mais escatológica que já vi na vida.