Então, eu nunca fui muito reconhecida por ter sorte no amor. Bem ao contrário.
Relacionamentos relâmpagos permeiam a minha vida com raros affairs que duram mais que alguns meses. A maioria deles com um final desabonador. Seja pra mim, seja para o affair em questão.
No entanto, uma vez um amigo me disse que eu era mais feliz do que a maioria dos que me fizeram infeliz por algumas horas, dias ou meses: porque eu tive a sorte de amar. Conversando com alguém que não seria ético de minha parte dizer quem é, percebi que amar de verdade é meio raro e só acontece com quem realmente quer amar.
Não sei se eu queria amar, mas eu tava lá, tentando e errando até que eu olhei para o lado e me deparei com um par de olhos que significaram por aquele momento toda a razão da minha existência. Era como se eu estivesse voltando pra casa que eu nunca conheci.
Mais tarde, eu voltaria a sentir o mesmo e o mesmo, sempre com o mesmo par de olhos. É uma eternidade que já dura alguns anos, mesmo que não constante, mas é a mesma eternidade com que Bentinho penteou os cabelos de Capitu.
Deve existir pouco amor no mundo, como figurinha premiada, como bilhete vencedor da Megasena. É claro que eu acredito que pessoas se gostam e se querem a rodo. Eu mesma gosto e quero várias pessoas - a cada cinco minutos para ser mais exata. Mas este amor de nostalgia da casa que é sua e você nem sabia, este é a Megasena.
Eu sou vencedora da Megasena então, mesmo que o prêmio tenha os impostos que a vida cobra cada vez que nós mesmos nos desencontramos.
Desculpem, vou ter que decepcioná-los: eu sou feliz no amor porque eu sei exatamente do que se trata o amor. O resto é comida e diversão.
Um monte de bobagens direto da cabeça oca de uma eterna pós-adolescente que não tem horas de folga.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Anos em festa
Sei que faz anos que eu não escrevo neste blog.
Ok, piadas-clichê à parte, vim para escrever mais uma vez o óbvio.
O mundo dá voltas ao redor do próprio rabo. Hoje eu tive a confirmação de que não é só na novela das 8 que as pessoas se encontram todas em um mesmo lugar, como se só tivesse um restaurante e uma empresa no Rio de Janeiro.
Digamos que me senti como se fosse a Mulher Melancia em uma saia 36.
Como diria Nelson Rodrigues, "toda família tem um momento em que começa a apodrecer. Pode ser a família mais decente, mais digna do mundo. E lá, um dia, aparece um tio pederasta, uma irmã lésbica, um pai ladrão, um cunhado louco. Tudo ao mesmo tempo".
Da mesma forma, eu acho que todo ser humano tem um momento em que começa a apodrecer. Em geral, algumas pessoas despertam este apodrecimento. Nós temos cânceres incuráveis no caráter, é fato. E algumas pessoas costumam futricar estes cânceres e acabam por despertá-los. E sério: não há vítimas. Assim como um sádico expõe as fraquezas de um humilde, um masoquista traz à tona o Hannibal Lecter que existe até em um boi manso.
No mais, ando pelas mídias sociais vomitando minha indignação com tudo e com todos, caso alguém que ainda me leia queira saber se morri ou perdi a tesão de escrever - só espero que meus leitores não se resumam às pessoas que vêm aqui porque foram pesquisar no Google a palavra "tchanga" (sim, de acordo com minhas pesquisas, a maioria das pessoas que acessa meu blog chegou aqui por este motivo e deram com meu post sobre a diferença entre a baranga e a tchanga).
Realmente, perdi a tesão de escrever neste blog. Não é cansaço do Old fashioned word que, modéstia à parte, era genial. mas do Love is an old fashioned word. Este aqui mesmo, com os patéticos recursos do blogger, que tornaram os frames padronizados, monótonos e desconfigurados. Com a chatice alheia que tomou conta do meu superego nos últimos anos, fazendo com que eu perdesse qualquer vontade de me expor. Com o fato de ser atraente escrever em 140 caracteres tudo o que vem à cabeça.
Porém, justiça seja feita, blogs são mais perenes. Eu odeio ficar catando coisas que escrevi em maio do ano passado em qualquer outra mídia. Talvez, por isso, eu volte aqui mais vezes. Porque, no fundo, eu sou a minha mais fiel leitora.
Té logo. Life is alright on the Rhine :)
Ok, piadas-clichê à parte, vim para escrever mais uma vez o óbvio.
O mundo dá voltas ao redor do próprio rabo. Hoje eu tive a confirmação de que não é só na novela das 8 que as pessoas se encontram todas em um mesmo lugar, como se só tivesse um restaurante e uma empresa no Rio de Janeiro.
Digamos que me senti como se fosse a Mulher Melancia em uma saia 36.
Como diria Nelson Rodrigues, "toda família tem um momento em que começa a apodrecer. Pode ser a família mais decente, mais digna do mundo. E lá, um dia, aparece um tio pederasta, uma irmã lésbica, um pai ladrão, um cunhado louco. Tudo ao mesmo tempo".
Da mesma forma, eu acho que todo ser humano tem um momento em que começa a apodrecer. Em geral, algumas pessoas despertam este apodrecimento. Nós temos cânceres incuráveis no caráter, é fato. E algumas pessoas costumam futricar estes cânceres e acabam por despertá-los. E sério: não há vítimas. Assim como um sádico expõe as fraquezas de um humilde, um masoquista traz à tona o Hannibal Lecter que existe até em um boi manso.
No mais, ando pelas mídias sociais vomitando minha indignação com tudo e com todos, caso alguém que ainda me leia queira saber se morri ou perdi a tesão de escrever - só espero que meus leitores não se resumam às pessoas que vêm aqui porque foram pesquisar no Google a palavra "tchanga" (sim, de acordo com minhas pesquisas, a maioria das pessoas que acessa meu blog chegou aqui por este motivo e deram com meu post sobre a diferença entre a baranga e a tchanga).
Realmente, perdi a tesão de escrever neste blog. Não é cansaço do Old fashioned word que, modéstia à parte, era genial. mas do Love is an old fashioned word. Este aqui mesmo, com os patéticos recursos do blogger, que tornaram os frames padronizados, monótonos e desconfigurados. Com a chatice alheia que tomou conta do meu superego nos últimos anos, fazendo com que eu perdesse qualquer vontade de me expor. Com o fato de ser atraente escrever em 140 caracteres tudo o que vem à cabeça.
Porém, justiça seja feita, blogs são mais perenes. Eu odeio ficar catando coisas que escrevi em maio do ano passado em qualquer outra mídia. Talvez, por isso, eu volte aqui mais vezes. Porque, no fundo, eu sou a minha mais fiel leitora.
Té logo. Life is alright on the Rhine :)
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