segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A civilização ocidental está surtando...

... talvez por isso a China venha a dominar o mundo nos próximos anos.
Tudo bem, é de maneira bem abrangente que eu começo um post sobre o real valor da amizade.
Amizade é muito maior que paixão, namoro, casamento. E esse ano, por motivos que eu considero quase torpes, duas pessoas que eu amo muito resolveram me dar um gelo.
Daí eu questiono até que ponto o que eu conheço como amizade tem valor para as outras pessoas.
Para mim, amizade transcende afagos, mimos, presença constante, etiqueta.
Nem sempre a gente vai se dar conta de um pequeno detalhe. Quando alguém me magoa por um motivo torpe, que provavelmente passou despercebido para esse alguém, eu vou lá e digo: olha, não gostei. Mas daí a cortar uma amizade de anos...
Me remete à conversa que tive com um amigo, na semana passada, na qual ele me perguntava se eu cortaria uma amizade importante se soubesse que o amigo tinha cometido um crime. Sério, eu sei que isso leva muitas coisas nas costas, como ética, que tipo de crime, etc. Mas me faria pensar muito antes de cortar a amizade.

Então. Eu estou cheia de gente que opta por botar um valor como esse no lixo por uma ausência, um mimo esquecido, uma cartomante que disse que você não traz bons fluidos, um medo do passado, etc.
Se são esses valores que movem as pessoas, sorry, a minha amizade não abrange essas migalhas.
Eu cansei de pedir desculpas.
Estou aqui para quando precisarem de mim, mas não vou rastejar. Revejam seus conceitos. Quando a gente perde de verdade alguém que realmente importa, a gente vê o quanto isso pesa. O quanto saber que alguém que se ama existe pesa.
Eu perdi alguém que eu amo muito, de verdade, há duas semanas.

Me dá uma raiva imensa saber que amizades são postas fora por coisas tão pequenas.

Créditos para o Fernando Czekalski, que critica muito os valores atuais da cultura ocidental. Onde umas pessoas magoam de verdade e acham que tudo bem e outras se magoam por coisas muito pequenas e acham que é motivo para cortar tudo o que se tem de bom.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vou te contar... que os olhos já nem podem ver...

Amo odiar o Maneco.
Você também. Xinga, xinga, se debate em críticas, mas chora no último capítulo.
Lá vem ele de novo, com outra Helena insuportáááááável, monótona, mulher-maravilha, tudo faz, tudo pode.
Outra filhinha de papai, linda e azeda, que (1) sofre um acidente, (2) tem leucemia, (3) morre, (4) fica tetraplégica, (5) desenvolve lúpus.
Vários núcleos de socialites que (1) traem o marido, (2) descobrem que o marido é gay, (3) são traídas pelo marido, (4) roubam o namorado da filha, (5) todas as anteriores.
Um núcleo afro-brasileiro que mostra que o racismo no Brasil está praticamente superado.
Mais um bando de coadjuvantes nada fascinantes escolhidos a dedo pelo próprio Maneco, enquanto passei de chinelos lendo o jornal no Leblon.
Faltou em Viver a Vida:

- A filha do Manoel Carlos, que agora ele empresta pros outros autores, numa promiscuidade nepotista nunca dantes vista na televisão brasileira.

- A Regina Duarte. Porque vamos combinar que o bacana é odiar uma Helena que se esganiça e todos já nos acostumamos. Sério, a Taís Araújo tá muuuuuuuuuito chata. Não dá pra ela ser vilã, não? Saudades da Subhelen.

- A Elisa Lucinda, mulher, negra, poetisa, atriz, cantora e lobista do site do Terra. Sem ela, também não é Maneco.

No entanto, vamos relaxar e gozar da cara das personagens, no segredo de nossos lares, enquanto jantamos e somos suburbanos à vontade.


- Ai abiga, beu barido borreu brigado cobiga!
- Pior eu, amiga, sou Helena, negra, top model e mulher, e ainda assim me botaram contracenando com um galã da terceira idade.

- Ai gentem, tô tão nervoso com minha estréia na TV.
- Bem, eu vim para filar comida na Globo.
- Eu vim porque sou filha da Elisa Lucinda.

Alô, é da Malhação? Aqui é do núcleo japa da novela Viver a Vida, eu gostaria de ver se vocês aceitaram meu currículo. Porque ator ruim, por ator ruim, aqui tá muito peor!

- Ain, Ninguém, você se lembra como era legal quando eu fazia a Clarinha?
-Pôxa, era você a Clarinha? Você cresceu rapidinho hein, e perdeu um pouco os traços mongolóides.
- Que mongolóide o quê, seu retardado cretino! Eu era a Clarinha Sapata, não a Clarinha Down. O Maneco usa sempre os mesmos nomes...

- Ai Zé Mayer, você vai pedir a minha mão?
- Não, não, eu tô tentando pegar na tua peitchola, mas esqueci os óculos lá embaixo e se eu descer agora o Viagra perde o efeito.

- Zé Mayer, Porque essa cara de assutado? Sua filha não aceitou nossa relaçã?
- Não, trata-se do preço do mamão papaya na banquinha do Leblon: 2 reau é um abuso!

Antes de trabalhar e antes de terminar meu post sobre Viver a Vida, aqui vai um joguinho que fiz nesse mesmo blog há uns dois anos – acabo de achar no meu computador do trabalho – com comentários.

3 nomes pelos quais você atende:
1) beatriz
2) bia
3) bea
Há um tempo, o Serginho vem me chamando de Bibi. De um ano pra cá, duas pessoas adotaram o mesmo apelido.

3 nomes pelos quais você não atende:
1) princesa
2) beatris (não existe beatriz com s, mas as pessoas sempre me perguntam se é com s)
3) tia
Troco o princesa por "senhora". Que coisa desagradável ser chamada de senhora. Ainda mais por marmanjo. Me vem em mente ou que eu tô uma velha decrépita, ou que eu sou um personagem do José de Alencar.

3 nomes de tela:
1) beatriz pinto ribeiro
2) beatrizspr
3) beatrizr
Segue igual.

3 coisas que você gosta em você:
1) pés
2) big mouth
3) busto
Bah, gosto de mais coisas em mim, como a minha capacidade de sempre ressurgir das cinzas e sempre melhor e mais forte.

3 coisas que você não gosta em você:
1) celulite
2) culote
3) poros dilatados
Culotes não há mais (bendita corrida). Celulite hoje anda perdendo para minha autoconfiança, que deveria ser bem mais forte. Troco os poros dilatados pela capacidade de dizer um foda-se bem grande pra quem não se acha sortudo em me ter por perto.

3 partes da sua herança genética:
1) portuga
2) italiana
3) black
Continua a mesma. Descobri uns sefarditas no meu portuga ali também. Yo soy un moro judío que vive con los cristianos.

3 coisas que assustam você:
1) eu mesma
2) aranhas
3) pessoas
Eu mesma. Aranhas. A falta de capacidade de amar das pessoas.

3 coisas essenciais no seu dia:
1) dormir
2) dormir
3) dormir
Dormir, correr, comer bem.

3 coisas que você está vestindo agora:
1) vestido “bééééége” com uma faixa com florzinhas rosa e verde
2) sandália verde, combinando com as florzinhas
3) calcinha amarelinha
Blusa preta com estrelas por tudo, calça jeans e calcinha preta de bolinhas brancas com frufrus e fitanhas vermelhas. Quarta coisa: uma sapatilha linda! Com paetês, laço preto e strass.

3 dos seus artistas/bandas favoritos:
1) U2
2) REM
3) Zé Ramalho
Isso. Mais Jorge Drexler, Red Hot Chili Peppers, Cartola, Cassia Eller, Smiths, etc., etc., etc..

3 das suas canções favoritas:
1) Zephyr Song – Red Hot Chili Peppers
2) Preciso me encontrar - Cartola
3) Relicário – Nando Reis
Mil outras tb: as que me ocorrem agora são Ne me quitte pas, Je l'aime à mourir, Salvapantallas, etc., etc., etc..

3 coisas que você quer tentar nos próximos 12 meses:
1) decorar o meu apê
2) diminuir a oleosidade da pele e cabelo
3) voltar a ter 55 kg
Mantenho a primeira. Viajar de férias, ao menos 2 vezes. Amar alguém que me ame da mesma forma e com a mesma intensidade (que bizarro verbalizar isso, logo eu, tão durona).

3 coisas que você vai fazer nos próximos 3 meses:
1) reclamar do emprego
2) tentar me acostumar com o apê
3) ir na Pinheira várias vezes
Tiro a 1, mantenho a 2, gostaria de manter a 3. Bem, me sobra uma: reclamar do pós (blé tô cansada, blé, não sei se dou conta. blé!).

Duas verdades e uma mentira:
1) a vida dá voltas
2) porto alegre é um ovo
3) eu amo trabalhar
Essas vou listar novamente:
1) Quem planta merda colhe bosta.
2) A unanimidade é burra.
3) A verdade é sempre o melhor caminho.

3 nomes de filhos:
1) lourenço
2) estela
3) alice
Mantenho.

3 coisas que simplesmente você não consegue fazer:
1) dirigir
2) ser publicitária
3) entrar na porta certa
Troco a dois por: dedicar o meu amor, meu tempo e minha beleza à pessoa certa.


3 hobbies favoritos:
1) fazer trilha
2) ver filmes
3) fazer palavras-cruzadas (aliás, todos aqueles passatempos do Coquetel)
Na 3 entra: jogar todos os jogos possíveis no computador ou fora dele, inclusive palavras-cruzadas e passatempos


3 coisas que você quer fazer antes de morrer:
1) conhecer o Bono
2) amar e ser amada em troca (ai, esse complexo de James Dean)
3) ser reconhecida pelas coisas que eu faço
Mantenho!!!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Alice


Nunca acreditei em conto de fadas. Mas acreditava piamente no País das Maravilhas da Alice. Um mundo completamente maluco, onde a pessoa fica enorme e depois encolhe, onde animais acham que são gente e onde você pode ser decapitado a qualquer instante.

Ao me contar a história da Alice, ou mesmo uma muito mais macabra, a do Max und Moritz, Seu Telmo não tinha nenhuma intenção, a não ser divertir uma criança com histórias bizarras. Ingenuamente, ele me mostrava a vida como ela é.

Ando lendo Alice para a minha sobrinha, mas deveria ler aquelas bobagens da Princesa Aurora e Cia. e entregar a coitadinha automaticamente nas mãos da Martha Medeiros. Pessoas com pouca luz em geral são mais felizes.

Não é bolinho mesmo. Daí, eu penso que ainda bem que eu não vou ter filhos. Se eu tivesse, eu só teria um conselho pra dar: não sigam seus sonhos. façam como a unanimidade burra e sigam uma meta pré-estabelecida pela sociedade. As possibilidades de ser feliz seguindo meu coração deram em zero resultado. Portanto, eu tenho alguma coisa a ensinar.

Cortem-lhe a cabeça!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Have you ever seen the rain?

Nossa. Chuva é só o que vejo. E como vejo!
Mas vamos ao assunto que me traz aqui, embora ultimamente eu tenha querido escrever sobre uma porção de coisas, mas tempo não há.

O assunto é o seguinte: Não sou mais uma acadêmica do Véio. O Véio fechou as portas.

Agora, além de ser uma pós-acadêmica em Relações Internacionais – yep, esse era o famoso atual projeto de vida da pessoa, o qual gerou muitas discussões e inclusive um post com uma foto da Marília Gabriela, porque vai ter sempre especialistas que não te vêem como tu se vê ou como tu realmente é –, eu sou uma acadêmica do Grêmio Náutico União.

Sempre fora, já diria Dani Cadore. O fato é que eu sou unionista desde que nasci, apenas paro um tempo de frequentar e volto de repente. E é isso e não o meu atual projeto de vida que será o tema desse post.

Todo mundo tem episódios bizarros na sua vida, mas eu sempre falo nos meus, o que me torna uma das pessoas mais teatrais depois do Chicó. Estava eu ontem, no meu segundo dia como unionista assumida.
Corri, alonguei, abdominei (isso não existe, não saia por aí dizendo, criança que entra na Internet). Fui dar uma de esperta: olha que legal, hoje tá frio, não suei muito. Vou matar o banho.
Existem zilhões de banheiros, sanitários, cabines e etc naquele União. Como não ia tomar banho, entrei num banheiro feminino, cheio de cabines. Dentro da cabine, eu troquei de roupa, ficando de calça jeans e top. Minha intenção, pobre e idiota intenção, era dar uma conferida no visu do corpitcho de top e calça jeans, no espelho fora da cabine – que mulher não se confere num espelhão quando tem oportunidade? Saí da cabine e me fui, desodorante na mão, pra frente do espelho. Continuava vestida, mesmo que de top de ginástica, e dentro do recinto chamado "banheiro feminino".
Eis que entra uma moça da limpeza. Entra escancarando a porta, vem feroz. Olha pra mim e diz que eu não obedeço as leis. Bah, nesse momento, eu pensei que eu tinha feito alguma cagada muito grave e olhei a minha volta, para ver se não tinha deixado nenhuma torneira aberta. Ela apontou para uma placa. Na placa dizia algo como: "Para trocar de roupa, utilize o vestiário". Daí eu disse: "ah! mas eu não tava trocando de roupa". E depois eu pensei no absurdo da situação e falei: "Que lei que me proíbe de estar aqui de calça jeans e top, passando desodorante?". Ela seguiu me xingando e resmungando. Ok.

Fiquei com saudade do Véio. Ele ia agradecer se eu passasse em trajes de Eva com ou sem desodorante, no corredor da academia.

A propósito, estou estudando o Oriente Médio.