Vamos brincar de achar atores hoje conhecidos nos clipes abaixo?
Dica 1:
O forasteiro de Milagro é um descendente de italianos comilão e pegador em uma famosa série de TV.
Dica 2:
O batedor de carteiras continua dando golpes – só que mais polpudos – na vida adulta e vai parar numa ilha misteriosa em outra famosa série de TV.
Um monte de bobagens direto da cabeça oca de uma eterna pós-adolescente que não tem horas de folga.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Must be listening to an angel...
Às vezes, a lenda é real e dá para ter alguma esperança no ser humano.
Tímido, humilde, cheio de tiques, principalmente no que se refere à posição das pernas e à cabeleira rebelde, Wim Wenders fala pausadamente e tropeça um pouco nas palavras.
O inglês carregado de germanismos não é nem de longe uma impossibilidade de compreensão: pelo contrário, talvez torne a pronúncia mais mansa e aberta. Dispenso novamente os tradutores: vamos ouvir como quem bebe um vinho raro. Vamos ouvir como quem vê um filme alemão.
Ele não prega, ele não abusa do seu próprio status, ele tenta expressar suavemente suas idéias. A que mais me chamou a atenção: "às vezes é preciso ir muito longe para entender o que está perto". Wenders é um poeta com as palavras como é com as imagens e, neste caso, elas não valem mais do que mil palavras, mas se equiparam.
Esperávamos muito, ele nos deu mais do que muito. Ele moveu fronteiras físicas e mentais que separam o lugar comum e o desconhecido. Ele instigou. Provocou sem provocar a unanimidade e calou a boca de quase todo mundo - tinha uma velhinha atrás de mim que não parava de falar - ao mostrar um documentário simples, poético e cruel. E que não deixa de falar na paz.
Para terminar a noite, Wim Wenders tão perto, na hora da sobremesa. Gentil, simpático e adorável. Como um dos seus personagens anjos. Eu me senti abençoada.
Tímido, humilde, cheio de tiques, principalmente no que se refere à posição das pernas e à cabeleira rebelde, Wim Wenders fala pausadamente e tropeça um pouco nas palavras.
O inglês carregado de germanismos não é nem de longe uma impossibilidade de compreensão: pelo contrário, talvez torne a pronúncia mais mansa e aberta. Dispenso novamente os tradutores: vamos ouvir como quem bebe um vinho raro. Vamos ouvir como quem vê um filme alemão.
Ele não prega, ele não abusa do seu próprio status, ele tenta expressar suavemente suas idéias. A que mais me chamou a atenção: "às vezes é preciso ir muito longe para entender o que está perto". Wenders é um poeta com as palavras como é com as imagens e, neste caso, elas não valem mais do que mil palavras, mas se equiparam.
Esperávamos muito, ele nos deu mais do que muito. Ele moveu fronteiras físicas e mentais que separam o lugar comum e o desconhecido. Ele instigou. Provocou sem provocar a unanimidade e calou a boca de quase todo mundo - tinha uma velhinha atrás de mim que não parava de falar - ao mostrar um documentário simples, poético e cruel. E que não deixa de falar na paz.
Para terminar a noite, Wim Wenders tão perto, na hora da sobremesa. Gentil, simpático e adorável. Como um dos seus personagens anjos. Eu me senti abençoada.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Sexta sucesso
Meu colega adorável, o Paulo, inventou uma temdemssia para as sextas-feiras: o Sexta Sucesso, que é um e-mail com uma música brega anexada. Na quarta, ou na quinta, a pessoa recebe um drop, com um link do Youtube para outra música de gosto duvidoso. Os colegas podem indicar sugestões para os próximos Sextas Sucessos ou para os drops.
Hoje, a minha dica de Jane e Herondy com Não se vá foi o hit Sexta Sucesso. Realmente, um sucesso.
No sonho, ele me adicionava no Orkut - é um sonho digitalmente vulgar - e eu descobria duas terríveis verdades: primeiro, ele estava apaixonado por uma alemã. Então eu via passar diante de uma tela ou nas páginas de um livro, as aventuras do meu pequeno herói escandinavo na Europa, no Oriente Médio, em terras que nunca existiram, junto com a sua amada, uma germânica de corpo bonito, porém com um nariz muito estranho e muita acne no rosto.
A segunda verdade era que, no seu diário, que ele entregou para a moça e ela publicou na íntegra, ele era praticamente um poeta, de um intelecto invejável - coisa que, se na vida real for verdade, me passou despercebido - e, neste jornal pessoal, ele falava que eu tinha sido a segunda mulher na sua vida e que seus momentos comigo tinham sido péssimos, embora ele tivesse muito carinho por mim.
Me acordei empapada em suor e um pouco sufocada. Essas verdades oníricas dóem como se fossem lúcidas.
Hoje, a minha dica de Jane e Herondy com Não se vá foi o hit Sexta Sucesso. Realmente, um sucesso.
E o Brasil na Olimpíada, hein?
Só se fala nisso. Na maioria das vezes, falam do fracasso que está sendo, da falta de incentivo ao esporte, etc. Menos no Jornal Nacional. No Jornal Nacional, o William Bonner e a Fátima Bernardes estão cheios de alegria e esperança. No exato momento em que eu terminava de digitar essa frase, me chegou um e-mail com esse link, falando exatamente o mesmo.
Daí, até o Orkut coloriu suas páginas com as cores brasileiras para apoiar nosso país nos Jogos Olímpicos. Tudo bem, eu amo o Brasil, torço por nós, acho nosso presidente uma merda, mas quero que a gente sempre esteja bem na foto. Só acho que não dá pra forçar a barra. Não há incentivo ao esporte aqui e tá acabado: os noticiários deveriam se limitar a esbravejar sobre este fato e não ficar usando a ilusão do público. Isso é patético.
Só se fala nisso. Na maioria das vezes, falam do fracasso que está sendo, da falta de incentivo ao esporte, etc. Menos no Jornal Nacional. No Jornal Nacional, o William Bonner e a Fátima Bernardes estão cheios de alegria e esperança. No exato momento em que eu terminava de digitar essa frase, me chegou um e-mail com esse link, falando exatamente o mesmo.
Daí, até o Orkut coloriu suas páginas com as cores brasileiras para apoiar nosso país nos Jogos Olímpicos. Tudo bem, eu amo o Brasil, torço por nós, acho nosso presidente uma merda, mas quero que a gente sempre esteja bem na foto. Só acho que não dá pra forçar a barra. Não há incentivo ao esporte aqui e tá acabado: os noticiários deveriam se limitar a esbravejar sobre este fato e não ficar usando a ilusão do público. Isso é patético.
Sweet dreams aren't made of this
Acho que amor é o merchandising da época da tuberculose e não cabe mais em um século no qual tudo é descartável. Mas, como eu sou da época da tuberculose, ainda guardo sentimentos amorosos.
Pois essa noite eu sonhei com o meu pequeno grande amor.
Acho que amor é o merchandising da época da tuberculose e não cabe mais em um século no qual tudo é descartável. Mas, como eu sou da época da tuberculose, ainda guardo sentimentos amorosos.
Pois essa noite eu sonhei com o meu pequeno grande amor.
No sonho, ele me adicionava no Orkut - é um sonho digitalmente vulgar - e eu descobria duas terríveis verdades: primeiro, ele estava apaixonado por uma alemã. Então eu via passar diante de uma tela ou nas páginas de um livro, as aventuras do meu pequeno herói escandinavo na Europa, no Oriente Médio, em terras que nunca existiram, junto com a sua amada, uma germânica de corpo bonito, porém com um nariz muito estranho e muita acne no rosto.
A segunda verdade era que, no seu diário, que ele entregou para a moça e ela publicou na íntegra, ele era praticamente um poeta, de um intelecto invejável - coisa que, se na vida real for verdade, me passou despercebido - e, neste jornal pessoal, ele falava que eu tinha sido a segunda mulher na sua vida e que seus momentos comigo tinham sido péssimos, embora ele tivesse muito carinho por mim.
Me acordei empapada em suor e um pouco sufocada. Essas verdades oníricas dóem como se fossem lúcidas.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Admiração que termina onde a fé começa
Ontem foi dia de ver o David Lynch no Fronteiras do Pensamento. Cineasta, artista plástico e dono de um topete branco com mechas lilases, ele realmente é um ícone do nosso tempo.
Minha admiração pelo seu trabalho começou precisamente em 1991, por causa de Twin Peaks. Mas já ouvia falar dele pelo meu irmão, um fã de O homem elefante. Confesso que não conheço seu trabalho nas artes plásticas, mas no cinema esse senhor comanda. Eu amo seus filmes alucinados e também o tranqüilo e belíssimo História Real.
Eis que Lynch resolve vir ao Brasil para promover seu livro Águas profundas: criatividade e meditação. E assim que ouvi dizer que ele faria uma participação extra no Fronteiras, lá fui eu a procura de ingresso. Esperei por esse dia que nem criança pelo Papai Noel. Daí o dia chegou, o meu amigo Alexandre teve a sorte de almoçar com o nosso guru, tirou fotos e tal e nos mandamos para o evento.
Sabem quando se tem a impressão de que pagamos por um filme que não valia o ingresso? Então. Lá estava eu, encantada com a clareza com que Lynch proferia as palavras e abismada com o que estava ouvindo. Dentre muitas coisas que faziam pontos de interrogação saltar da minha caixa craniana, ouvi algo como "Sem meditação, a felicidade é superficial". Sim, eu já ouvi isso antes! Perguntas sobre cinema, arte, música foram feitas e todas foram respondidas com "transcendental meditation is a bliss".
Ok, mister Lynch, I had enough from you. Tudo bem, ele crê. Tudo bem, pode ser que dê certo. Tudo bem, talvez um dia eu experimente. Mas por ora, deixe-me com minha negatividade, minha agressividade e minhas convicções. Eu não fui lá para ter lavagem cerebral, muito menos para ficar ouvindo alguém que foi amigo dos Beatles tocar um ritmo que eu não aprecio. Tipo: para mim, Beatles já é chatinho. Imagina alguém que é "amigo dos Beatles". Pois o David Lynch trouxe essa pessoa, o cara era bom lá no que ele fazia, mas eu não queria ver ele, queria ver e ouvir o próprio Lynch falando sobre filmes e não sobre como quem não medita é mais burro, mais infeliz, mais baixo-astral.
Até porque ele não explicou muito bem como a meditação pode trazer a paz mundial. Tipo: vai mandar uma criança nigeriana ficar meditando enquanto toma balaço? Vai dizer lá para o somali que ele pode curar a fome só com meditação?
Sei não, viu? A única coisa que realmente me fez vibrar foi quando, ao responder uma pergunta sobre a função do diretor de comerciais, ele falou que misturar cinema com vendas é um crime. Não que eu concorde plenamente, mas foi muito divertido ver a cara de tacho de algumas pessoas na platéia :D
Assim, termino esse post garantindo para vocês que minha admiração pelas pessoas mingua quando elas começam a querer impingir a sua fé. Vou me limitar a continuar amando os filmes de David Lynch.
Minha admiração pelo seu trabalho começou precisamente em 1991, por causa de Twin Peaks. Mas já ouvia falar dele pelo meu irmão, um fã de O homem elefante. Confesso que não conheço seu trabalho nas artes plásticas, mas no cinema esse senhor comanda. Eu amo seus filmes alucinados e também o tranqüilo e belíssimo História Real.
Eis que Lynch resolve vir ao Brasil para promover seu livro Águas profundas: criatividade e meditação. E assim que ouvi dizer que ele faria uma participação extra no Fronteiras, lá fui eu a procura de ingresso. Esperei por esse dia que nem criança pelo Papai Noel. Daí o dia chegou, o meu amigo Alexandre teve a sorte de almoçar com o nosso guru, tirou fotos e tal e nos mandamos para o evento.
Sabem quando se tem a impressão de que pagamos por um filme que não valia o ingresso? Então. Lá estava eu, encantada com a clareza com que Lynch proferia as palavras e abismada com o que estava ouvindo. Dentre muitas coisas que faziam pontos de interrogação saltar da minha caixa craniana, ouvi algo como "Sem meditação, a felicidade é superficial". Sim, eu já ouvi isso antes! Perguntas sobre cinema, arte, música foram feitas e todas foram respondidas com "transcendental meditation is a bliss".
Ok, mister Lynch, I had enough from you. Tudo bem, ele crê. Tudo bem, pode ser que dê certo. Tudo bem, talvez um dia eu experimente. Mas por ora, deixe-me com minha negatividade, minha agressividade e minhas convicções. Eu não fui lá para ter lavagem cerebral, muito menos para ficar ouvindo alguém que foi amigo dos Beatles tocar um ritmo que eu não aprecio. Tipo: para mim, Beatles já é chatinho. Imagina alguém que é "amigo dos Beatles". Pois o David Lynch trouxe essa pessoa, o cara era bom lá no que ele fazia, mas eu não queria ver ele, queria ver e ouvir o próprio Lynch falando sobre filmes e não sobre como quem não medita é mais burro, mais infeliz, mais baixo-astral.
Até porque ele não explicou muito bem como a meditação pode trazer a paz mundial. Tipo: vai mandar uma criança nigeriana ficar meditando enquanto toma balaço? Vai dizer lá para o somali que ele pode curar a fome só com meditação?
Sei não, viu? A única coisa que realmente me fez vibrar foi quando, ao responder uma pergunta sobre a função do diretor de comerciais, ele falou que misturar cinema com vendas é um crime. Não que eu concorde plenamente, mas foi muito divertido ver a cara de tacho de algumas pessoas na platéia :D
Assim, termino esse post garantindo para vocês que minha admiração pelas pessoas mingua quando elas começam a querer impingir a sua fé. Vou me limitar a continuar amando os filmes de David Lynch.
domingo, 10 de agosto de 2008
Please, don't go
O meu ídolo mais lindo vivo e o hors concours do meu Top 10 Sexiest Men está esperando a visita da Dona Morte para breve.
Infelizmente, outro sósia do meu pai parece que vai partir esse ano. Primeiro foi o Charlton Heston.
Além de ser o homem mais lindo vivo e sósia do meu pai, Paul Newman leva todos os méritos por ter sido um dos melhores atores que passaram por Hollywood.
Confira um de seus momentos marcantes:
Infelizmente, outro sósia do meu pai parece que vai partir esse ano. Primeiro foi o Charlton Heston.
Além de ser o homem mais lindo vivo e sósia do meu pai, Paul Newman leva todos os méritos por ter sido um dos melhores atores que passaram por Hollywood.
Confira um de seus momentos marcantes:
sábado, 9 de agosto de 2008
Serviço de utilidade públca I
Assim, não sei se isso adiantará de alguma coisa.
Mas, como xingar o David Coimbra no blog dele só da mais ibope para o próprio, foi criada uma petição online para que a Zero Hora apresente uma retratação à crônica do "jornalista", que apresenta - mesmo que ele jure que seja uma metáfora para outra coisa (talvez uma piada interna que só ele e os amiguinhos entendam) - um incentivo aos maus-tratos com os animais. Seja o que for, o fato é que a grande maioria dos leitores - inclusive os amiguinhos dele anteriormente - entendeu como estímulo à violência contra os bichos.
Como jornalista, eu acho muita irresponsabilidade publicar num jornal do alcance da Zero Hora qualquer "metáfora" que possa ser mal-entendida pelos leitores. Ainda mais uma metáfora que expõe um ser vivo a reações violentas.
Por isso, peço que assinem essa petição, ou se juntem a essa comunidade no Orkut.
Mas, como xingar o David Coimbra no blog dele só da mais ibope para o próprio, foi criada uma petição online para que a Zero Hora apresente uma retratação à crônica do "jornalista", que apresenta - mesmo que ele jure que seja uma metáfora para outra coisa (talvez uma piada interna que só ele e os amiguinhos entendam) - um incentivo aos maus-tratos com os animais. Seja o que for, o fato é que a grande maioria dos leitores - inclusive os amiguinhos dele anteriormente - entendeu como estímulo à violência contra os bichos.
Como jornalista, eu acho muita irresponsabilidade publicar num jornal do alcance da Zero Hora qualquer "metáfora" que possa ser mal-entendida pelos leitores. Ainda mais uma metáfora que expõe um ser vivo a reações violentas.
Por isso, peço que assinem essa petição, ou se juntem a essa comunidade no Orkut.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Bem-vindos
Ainda não está totalmente pronto.
E confesso que não acho ideal este serviço de blog.
Sim, eu já tinha que começar reclamando.
Com o tempo, eu vou editando o visual dele, que está meio breguinha.
Sempre tive mania de fuçar no html e mudar tudo e ainda não consegui isso por aqui.
É tipo aqueles self-services onde tu não pode contar com a prática e nem encontra ninguém para perguntar o que fazer.
As dicas no tópico de ajuda são burras.
Oi, sou eu aqui!
E confesso que não acho ideal este serviço de blog.
Sim, eu já tinha que começar reclamando.
Com o tempo, eu vou editando o visual dele, que está meio breguinha.
Sempre tive mania de fuçar no html e mudar tudo e ainda não consegui isso por aqui.
É tipo aqueles self-services onde tu não pode contar com a prática e nem encontra ninguém para perguntar o que fazer.
As dicas no tópico de ajuda são burras.
Oi, sou eu aqui!
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
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